Máquinas de combate: Os carros da World Race League.



Olá a todos!

Nesta nova postagem, iremos falar sobre os carros utilizados no World Race League, as máquinas que os pilotos usam para vencer a guerra dentro das pistas.

Confesso que foi bem difícil criar as regras para os veículos do WRL, e mais difícil ainda foi adaptar as regras de combate do 3D&T para os carros, e acho que consegui emular bem os monopostos.
Mas, o carro ganhou uma ficha, com características e "poderes" extras que ajudarão os pilotos em cada corrida.

Tudo está explicado no texto abaixo, que ainda está sem revisão e por isso deve ter alguns errinhos, mas nada que atrapalhe, no final dele, tem um texto que pode ser chato para quem não conhece muito de automobilismo, mas que achei necessário estar aqui!

Espero que gostem e aguardo os comentários.

Até Mais 

Máquinas de combate: Os carros da World Race League.

Nem perca tempo procurando semelhanças com um automóvel comum. Desde os primeiros esboços até os testes realizados em túneis de vento, tudo em um carro da World Race League é feito pensando em segurança e velocidade, não necessariamente nesta ordem.

Nada representa mais o automobilismo do que o carro de corrida. Sem ele, seu piloto não é nada, não passa de um qualquer. Dentro da pista, qualquer piloto sabe que o carro é tudo o que importa, se for rápido, melhor ainda.

Montado com mais de 24 mil peças, 80% delas feitas de fibra de carbono, com o objetivo de deixar o carro mais leve, mais rápido e de serem pulverizadas em qualquer impacto para melhor proteger o piloto dentro do cockpit, o carro da WRL representa o ápice da indústria automobilística mundial.

Sua montagem é quase artesanal, ajusta aqui, mede ali, se der para melhorar uma peça para que o carro fique 0,001 segundo mais rápido, você refaz e testa. Mais de 300 pessoas, entre designers, especialistas em aerodinâmica e construtores trabalham no desenvolvimento dos carros da categoria, e quando são entregues às equipes, pelo menos mais 100 pessoas irão modificá-lo com um único objetivo: 

Vencer o campeonato mundial da World Race League.

Nesta hora, fazer um bom trabalho é fundamental para conquistar bons resultados sem depender de mudanças improvisadas no meio do campeonato. Afinal de contas, sem um bom carro, seu piloto não vai à lugar nenhum. 

Ou até vai, para o fim do grid, ou para o hospital!

Via de regra, um Carro da World Race League é um Aliado Mecha criado com 10 pontos, sua Habilidade e Poder de Fogo tem valor 0 sempre, seus pontos de vida são equivalentes a Rx7, em termos de jogo ele é considerado um personagem construto, com todas as suas habilidades e fraquezas (Imunidades, Reparos e Magia) e tem a vantagem única Mecha (0 ponto).

Características de um carro da World Race League:

FORÇA: A força representa a potência do motor e a velocidade máxima do carro.
F1 – 300 km/h – 83 m/s.
F2 – 320 km/h – 89 m/s .
F3 – 330 km/h – 91 m/s .
F4 – 340 km/h – 94 m/s .
F5 – 360 km/h – 100 m/s.

RESISTÊNCIA: Determina a quantidade de dano que o carro é capaz de suportar antes de quebrar e para de funcionar. A resistência indica a quantidade de pontos de vida do carro, cada ponto em resistência equivale a 07 pontos de vida. Qualquer dano acima do máximo de PV’s do carro será descontado dos pontos de vida do piloto.
R1 – 07 PV’s
R2 – 14 PV’s
R3 – 21 PV’s
R4 – 28 PV’s
R5 – 35 PV’s

ARMADURA: Determina a durabilidade do material usado para montar cada uma das partes do carro (chassi, motor, pneu, freio, câmbio e combustível). Cada ponto em Armadura dá 04 pontos para serem distribuídos nas partes que formam o carro.
A1 – 06 pontos.
A2 – 12 pontos.
A3 – 18 pontos.
A4 – 24 pontos.
A5 – 30 pontos.

Esses pontos servem para ajudar o piloto nas corridas, o carro da WRL é construído de forma a lhe dar bônus que podem ser usados nos testes de corrida. Cada parte que forma o carro pode ser utilizada pelo piloto para que ele tire o melhor do carro, mas tendo o cuidado necessário para mantê-lo inteiro, estas partes são: Chassi, Motor, Pneu, Câmbio, Freio e Combustível.

Antes de cada corrida o piloto recebe um número de pontos equivalentes a A (do carro)x6 para distribuir nas 6 partes e fazer o acerto do carro para a corrida, nenhuma pode ser 0 e o valor máximo em cada parte são 3 pontos, estes pontos servem como bônus na nos testes do piloto para serem usados durante a corrida, ele só pode usar 3 pontos por teste e se uma delas chegar a zero, a Técnica do piloto é reduzida em 1 ponto para
cada parte zerada.
Para cada teste feito com uma das partes com valor zero, uma falha pode ocorrer, se o jogador tirar 1 nos testes de corrida, ocorre um problema no carro de acordo com a parte zerada, exemplo, se o Pneu estiver com zero pontos, ele estoura, ele poderá recuperar alguns pontos ao parar nos boxes, quando ele parar, recebe 3 pontos para recolocar nas partes.

As partes que formam o carro da World Race League:

1 – O Chassi

Vamos começar falando do que nossos olhos veem: O chassi, ou a carroceria. Sabe todos aqueles apêndices aerodinâmicos – os penduricalhos estranhos presentes em todos os lados do carro? Eles não estão lá apenas de enfeite. Cada parte foi projetada para “cortar” o vento da melhor maneira possível, ainda que isso sacrifique o visual. Os antigos monopostos da Fórmula Race, tão belos quanto barulhentos, viraram peças de
museu, simbolizando uma época em que aerodinâmica era uma palavra mais associada a aviões do que carros. Hoje, os  projetistas quebram a cabeça para criar soluções que façam a equipe ganhar milésimos de segundo dentro da pista.

O habitáculo dos pilotos é extremamente reforçado, graças a uma estrutura chamada monocoque (ou estrutura única, em francês), que é feita de um único material, a fibra de carbono, que virou padrão na categoria. Atualmente, cada equipe projeta seu monocoque de acordo com as medidas do piloto. É
utilizado um composto de fibras de carbono, recoberto por outra camada de fibra de carbono com malhas de alumínio. Esta mistura resulta em um carro bastante leve e resistente, que faz sua carroceria se desmanchar, permitindo uma desaceleração progressiva ao corpo do piloto. Trocando em miúdos, é uma verdadeira célula de sobrevivência a impactos severos.

Dentro do monocoque fica o cockpit. Antes de cada temporada, as equipes tiram todas as medidas de seus pilotos, fazendo uma cabine no tamanho exato para cada um deles. Até o banco é projetado para acomodá-los com perfeição. A posição de dirigir, aliás, é bastante estranha: o piloto vai praticamente deitado no veículo e tudo que ele vê à frente é o bico e os pneus.

Construir esta parte do carro é um desafio muito complexo, já que é preciso seguir uma série de regras técnicas, incluindo dimensões mínimas e assoalho plano. Quase não há espaço livre lá dentro, tanto é que o piloto só entra e sai do carro se tirar o volante do lugar.

2 - O Motor

Nenhuma destas tecnologias é mais importante do que o motor. Posicionado logo atrás do piloto, é ele que pode levar um piloto do céu ao inferno em segundos e que proporcionaram um dos roncos mais inebriantes do automobilismo mundial. Quem teve a chance de ouvi-los ao vivo não esquece jamais.

No regulamento da décima temporada, são permitidos somente motores de quatro tempos (admissão, compressão, combustão e exaustão) com cilindrada até 2,4 litros e que girem a até 18 mil rotações por minuto. Os motores devem pesar no mínimo 95 quilos e ter oito cilindros dispostos em forma de “V” – os famosos V8 – a 90 graus, com duas válvulas de escape e duas de admissão por cilindro.
Eles são enormes quebra-cabeças com mais de cinco mil peças, sendo que 1.500 são móveis. A potência é superior a 700 cv, mas superariam facilmente os 800 cv se não fossem as limitações técnicas do regulamento. Bastante eficientes, eles giram a até 18 mil rotações por minuto e entregam aproximadamente 750 cv.

Um motor tem uma eficiência volumétrica muito alta, ou seja, consegue preencher seus oito cilindros com um volume muito grande de mistura ar-combustível sem realizar uma detonação prévia, elevando a capacidade de gerar potência. Hoje, o ar é “sugado” (ou melhor, admitido) para o motor por um duto logo acima da cabeça do piloto. É este duto o responsável por levar o ar ao coletor de admissão. Mas nem sempre o ar consegue chegar ao motor – afinal, se você manja um pouco de mecânica, sabe que as válvulas abrem e fecham enquanto o carro está andando.

Quando isso acontece, o ar é comprimido no duto até a válvula de admissão reabrir, aumentando o volume de ar admitido enquanto as válvulas permanecem abertas. Ao mesmo tempo, os gases resultantes da combustão precisam ser expelidos na mesma velocidade do processo de admissão. Isso acontece por
aqueles tubos longos e retorcidos na parte traseira do motor, os chamados coletores de escape. Eles servem como uma via de mão dupla, já que o ar é expelido tão rapidamente que esses coletores também admitem ar enquanto as válvulas estão abertas. As válvulas, aliás, funcionam em velocidade tão alta que causariam sérios problemas em um motor convencional. O consumo de combustível também é bastante diferente dos carros de passeio: apenas 1,6 km/l!

Não podemos esquecer também da transmissão, cuja função é transferir a potência gerada pelo motor às rodas traseiras. Trata-se de um dos poucos componentes de um carro de corrida que são oferecidos em alguns automóveis de passeio – neste caso, a tecnologia saiu das pistas diretamente para as ruas.

3 – Os Pneus

Engana-se quem pensa que os pneus utilizados na WRL são praticamente iguais aos de um carro de passeio.
Antigamente, quando os monopostos já eram a última palavra em modernidade, a Fórmula Race tinha apenas duas opções de pneus – para pista seca ou molhada. Hoje, a categoria, oferece seis tipos de pneus, sendo quatro deles para pista seca (slicks) e dois para molhada. Cada conjunto atende a uma situação específica durante a corrida. Sua identificação visual é realizada facilmente por faixas coloridas nas laterais:

Vermelho: é a cor dos pneus supermacios. Ideais para traçados mais travados e sinuosos (como Interlagos), oferecem melhor aderência, mas justamente por isso seu desgaste é prematuro demais. Reza a lenda que os compostos supermacios alcançam sua temperatura ideal rapidamente, evitando que o piloto tenha de “aquecê-los” excessivamente para conseguir tração.

Amarelo: identifica os pneus macios, chamados também de soft. Embora sejam até mais lentos que os supermacios, oferecem maior durabilidade. São frequentemente utilizados pelas equipes, adaptando-se tanto aos circuitos mais travados quanto aos de alta velocidade.

Branco: são os pneus médios. A versatilidade é a principal característica destes compostos, podendo ser utilizados em praticamente todos os tipos de pista seca. São quase um segundo mais rápidos que os pneus duros.

Laranja: identificam os pneus duros. Embora demorem mais para aquecer e sejam menos aderentes, duram mais que os outros compostos. Ficaram mais macios que os anos anteriores – quando eram identificados pela cor cinza. São indicados para provas mais longas e em circuitos com asfalto mais abrasivo.

Verde: estes são os pneus intermediários. São colocados nos carros quando a pista não está muito molhada e nem seca. Sua principal qualidade é desprezar até 20 litros de água por segundo, mesmo em alta velocidade.

Azul: são os pneus para chuva. Estes compostos conseguem evacuar 60 litros de água por segundo quando o carro está em sua velocidade máxima.

4 - O Câmbio

Atualmente, as caixas de câmbio dos monopostos contam com sete marchas para frente, além da marcha a ré. As trocas são realizadas por aletas colocadas atrás do volante, conhecidas como “borboletas”. As reduções são feitas por toques na alavanca esquerda e as trocas ascendentes acontecem ao se apertar a aleta direita. Este sistema de trocas, chamado de sequencial, equipava apenas alguns carros de luxo e superesportivos, mas hoje eles são oferecidos até em modelos mais populares. 

É importante ressaltar que a caixa de câmbio não é automática, e sim automatizada. Isso porque o monoposto tem uma central eletrônica que aciona atuadores hidráulicos, que são responsáveis por mudar as marchas assim que o piloto dá o comando. Todo o conjunto precisa ser robusto, já que um piloto pode fazer mais de 3.600 trocas por corrida.

5 - Os Freios

Mas de nada adianta fazer um carro para passar dos 300 km/h se ele não tiver condições de frear com segurança. É por isso que os freios são tão ou até mais importantes do que o motor ou a aerodinâmica de um monoposto. Os discos e pastilhas são feitos de fibra de carbono, evitando o desgaste e a ocorrência de fissuras que poderiam afetar o tempo de parada. Graças ao uso deste material, aliás, é que os discos suportam
temperaturas de até 1.200 graus centígrados – embora eles cheguem a “apenas” 800° C, ficando incandescentes.

É por isso que as bordas dos discos de freio possuem diversos pequenos orifícios, que dissipam o calor mais rapidamente. Do lado de fora do cubo da roda há também uma espécie de tomada de ar, que resfria os discos. Estas tomadas são trocadas a cada prova por conta das particularidades de cada traçado, até porque a temperatura dos freios não deve cair demais. Se isso acontecer, aumentam os riscos do sistema não funcionar.

Quando o piloto exerce uma força no pedal (que suporta uma carga de até 160 quilos), ela é imediatamente repassada ao cilindro-mestre, que ativa os sensores responsáveis pelo comando da frenagem. Então, os seis pistões de cada pinça reduzem rapidamente a velocidade em cada roda.

Simultaneamente a todo este trabalho, realizado em milésimos de segundo, vários dados são coletados pelos sensores de telemetria, que informam à equipe tudo que está acontecendo em tempo real.

6 - O Combustível

O combustível dos carros da WRL é considerado o elemento mais próximo entre o que é usado nas pistas e nos carros de rua, uma vez que o regulamento determina que 99% seja igual à gasolina premium. Esse 1% que pode ser trabalhado, no entanto, é fonte de grande disputa e por conta disso, as equipes buscam melhorar ainda mais o sangue dos carros. Por isso, são feitas vários testes, a gasolina usada pelas equipes deve ser idêntica à de uma amostra enviada à WRL para aprovação. Durante os fins-de-semana de corridas, o Delegado Técnico da WRL recolhe amostras ao acaso.

O tanque de combustível de um carro da WRL tem capacidade para 120 a 150 litros, e em média, ele consome aproximadamente 70 litros por 100 quilómetros – o que resulta
em cerca de 0,078 litros por cavalo de potência. Comparando com um carro de estrada, o monoposto da WRL tem um desempenho muito mais eficiente.

É permitido o uso dos chamados aditivos até ao máximo de um por cento. Estes evitam os processos de oxidação e os distúrbios provocados por resíduos durante a combustão, assegurando uma maior eficiência.
A gasolina da World Race League é quase idêntica à gasolina sem chumbo (ou quatro estrelas) disponível nas bombas. A WRL tem regras severas: desde 1995 que a gasolina deve respeitar todos os regulamentos de segurança e saúde da União Europeia. Todavia, as equipes adaptam-na a cada motor, individualmente, dentro do que é permitido pelos regulamentos. 

Por tudo isso, os carros da World Race League são considerados verdadeiras obras de arte sobre rodas. Projetar um carro de corrida é muito mais desafiador do que podemos imaginar.

Como é possível transformar um quebra-cabeças com mais de 6 mil peças únicas e 100 mil componentes diferentes em uma máquina levada o tempo todo ao seu limite? No universo em que qualquer mínimo erro pode ser fatal, saber como funcionam estes carros nos leva a crer que os super- heróis realmente existem.

E eles trabalham nas equipes da World Race League.

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